Borboletas

Borboletas

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

“Venham todos e todas comprar na feirinha do 4º ano!” O projeto que rendeu livros e sonhos para as crianças de nossa turma

“Ei profe, a gente pode fazer bijuterias?”
“Profe, que horas a gente vai pra feirinha?”
“Profe, que dia a gente vai comprar os livros? Já sei quais vou escolher!”

     Desde que começamos a planejar a feirinha do 4º ano, muitas ideias surgiram. E uma grande vontade de trabalhar! Esta é a turma das ideias, que traz todos os dias para sala energia vital e sonhos vibrantes, construídos em quase 10 anos de escola. Várias crianças freqüentam a escola desde pequenas, foram nutridas com os mesmos ingredientes que fizeram surgir cada parte desta escola. A agrofloresta ainda traz realizações, assim como a horta, o campo de jogos e a árvore onde mora o “Seo Velhinho”. Assim também acontece com os que vão chegando ao longo da trajetória, são envoltos na rede de encantamentos que a Escola dos Sonhos proporciona: aprendizados para vida.
     Em nossa primeira reunião pedagógica pensamos, eu e as mães, estratégias para aquisição de mais livros para escola, já que com a enchente de Janeiro boa parte do acervo foi danificada. Surgiu a ideia de fazermos uma feirinha para arrecadar dinheiro e assim poder comprar novos livros. Durante o mês de agosto conseguimos colocar em prática nosso plano, organizando junto com as crianças e as famílias o projeto, desenvolvido com muito empenho e dedicação de todos/as. O objetivo principal foi desenvolver nas crianças noções de compra e venda, conhecimento do sistema monetário, cálculos mentais de valores para troco, aquisição de novos livros para escola de acordo com a faixa etária da turma, dentre outros. No intuito de arrecadar mais fundos, produzimos bijuterias para venda, e estes foram momentos coletivos bastante integradores e de união. Inclusive nosso amigo Gabriel Evangelista, que passou conosco um mês em “intercâmbio”, colaborou em todos os momentos com entusiasmo. Foi uma diversão só!!!

Conversas pra passar o tempo, ônibus parado na fila da SC 401...

Nossa turma no terminal de ônibus ...

     Pena que a professora, na empolgação dos trabalhos, esqueceu de tirar fotos... O que não foi registrado em fotos ficou registrado nas vivências de cada um de nós, só quem estava lá pra saber como foi prazeroso.
     Conseguimos arrecadar um total de R$ 683,45, o que possibilitou com que cada criança pudesse escolher 3 bons livros, de acordo com suas preferências, conseguimos escolher inclusive alguns livros a mais. Fomos às compras na Livraria Catarinense no dia 16/09/2011, cheios de expectativas e com as boas parcerias da profe Fernanda e do coordenador Charles. Nossa aventura começou no ônibus de linha, contamos com garoa fininha e fila na estrada indo para o centro, nada que desanimasse nossa super equipe.






     Na livraria fomos bem atendidos, após a indicação das prateleiras interessantes as crianças ‘devoraram’ os materiais, queriam (se pudessem) levar vários! A gerente Rosinete deu, para cada criança, um kit contendo uma revista da Livraria Catarinense, um marcador de livro, um achocolatado em caixinha e um mini bolo. Naquela altura da tarde a fome já tinha aumentado, fomos lanchar na praça de alimentação do edifício ARS, pois com o risco de chuva não foi possível ir ao pátio do Museu Cruz e Sousa conforme programado. Na volta, encaramos com coragem o terminal TICEN, bastante movimentado fim de tarde. Esperamos na fila para irmos sentados, no mesmo astral da ida.


Na fila do ônibus Canasvieiras Direto.

      Foi uma grande aventura, curtida por todos/as a cada momento! Os livros estão na sala do 4º ano para as crianças curtirem a conquista, sendo em breve disponibilizados para todas as turmas na biblioteca da escola. 
     Um grande beijo!
     Prof. Virginia 4º ano

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cultivo de Abelha sem Ferrão

Durante o evento Meio Ambiente em Família, realizado em maio deste ano, a oficina de cultivo de abelhas sem ferrão trouxe para as famílias dos alunos da Escola dos Sonhos a oportunidade de aprender sobre esta espécie de abelha que é nativa e  pouco conhecida por nós. A abelha que conhecemos é a espécie africana, a apis melífera, responsável pelo mel que consumimos.


São muitas as vantagens de cultivarmos as espécies nativas, principalmente pela importância da polinização. Com ou sem ferrão, as abelhas têm uma função importante na natureza. São polinizadoras de plantas, permitindo a floração e a produção de sementes e frutos.  Por desconhecimento, e pelas queimadas e destruição da fauna as espécies nativas estão sendo dizimadas.
A criação de abelhas sem ferrão tem baixo custo e manejo fácil. Como as espécies são dóceis, não é necessário o uso de roupas e equipamentos de proteção para lidar com elas. Outra vantagem é que a atividade pode ser realizada até em áreas urbanas, como o quintal de uma residência, convivendo com pessoas e animais domésticos, desde que haja vegetação na vizinhança. Essas espécies vivem em colônias compostas por muitas operárias, que são as responsáveis pela construção e manutenção das colmeias, e por uma rainha geradora de ovos, que dão origem a novas abelhas.


Os ninhos, em geral, são instalados em troncos e galhos de árvores, mas também podem ser encontrados em mourões de cerca, alicerces de construção, cupinzeiros e locais subterrâneos, como formigueiros.
Esta oficina foi ministrada pelo Sítio Arte Vida, na presença de professor Pedro, que com sua vasta experiência e preocupação ecológica, tornou a oficina muito especial não só para as crianças presentes, mas também para os adultos da escola.
Estamos organizando com o Prof. Marcelo – Oficina da Terra, o nosso próprio cultivo de abelhas sem ferrão na agroflorestal da escola. Será fantástico!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Educação Física na Escola dos Sonhos

Momentos junto à Educação Infantil - O brincar levado à sério

     Brincar é atividade inerente à vida de uma criança. É brincando que ela cresce, descobre, imita, ensaia, imagina, cria, convive, erra, acerta... Ao brincar a criança socializa, interage, troca, busca o prazer, a alegria, o bem estar.
     Neste brincar a criança terá oportunidade de aprender as regras do grupo e que estas precisam ser respeitadas para que a brincadeira e o jogo tenham sucesso. E é acreditando que "brincadeira de criança é coisa séria" que planejamos os momentos propostos para os pequeninos durante nossas aulas de Educação Física.




     Momentos onde as crianças têm a oportunidade de brincar, correr, saltar, pular, cantar, ou seja, interagir, comunicar, vivenciar todas as suas formas de expressão, na relação com o outro e na sua individualidade.
     Em nossos momentos compartilhados junto à Educação Infantil procuramos promover, através de um brincar saudável e prazeroso, o desenvolvimento integral, despertando a criatividade e a exploração das possibilidades de cada criança.
     Exploramos diferentes espaços e trajetórias, exploramos o corpo, estimulamos diferentes materiais, sons e texturas, formas de caminhar, correr, saltar, subir, descer, chutar, deslocar, equilibrar, manusear e conduzir diversos materiais como bolas, arcos, cordas, e trabalhamos com brinquedos cantados e brincadeiras populares.

Momentos junto ao Ensino Fundamental - Pensando a Educação Física cooperativa

É sob a ótica do cooperativismo que procuramos vivenciar nossos momentos nas aulas de Educação Física junto às crianças do Ensino Fundamental.
Acreditando na Educação Física como um processo de educação integral, visando a plenitude do desenvolvimento físico, emocional, intelectual e social do ser humano, propomos atividades que despertem o interesse e a alegria das crianças em participar.




     Nas situações cooperativas as crianças são estimuladas a perceberem que a diversão é para todos, os sentimentos são compartilhados, as possibilidades somadas. Há uma aceitação mútua, ninguém é excluído e todos são aceitos.
     As crianças refletem acerca de sua postura, o quanto esta atinge o outro e também estímulamos à adoção de atitudes positivas como o respeito, a solidariedade, o entrosamento perante o grupo e as atividades desenvolvidas.
     Desenvolvemos atividades de sensibilização corporal, brincadeiras populares, pequenos e grandes jogos com a construção de regras, iniciação ao voleibol e ao handebol.

     É com grande alegria que, a partir deste mês de setembro, passo a compartilhar com as crianças os momentos vivenciados nas aulas de Educação Física na Escola dos Sonhos.
     Deixo aqui meu beijo para todas as crianças e espero que possamos brincar, experimentar e vivenciar juntos novas experiências.
     Profª Kátia.

domingo, 25 de setembro de 2011

Aventuras e Descobertas na Ilha da Magia

Rancho de Amor à Ilha

"Um pedacinho de terra,
perdido no mar!...
Num pedacinho de terra,
beleza sem par...
Jamais a natureza
reuniu tanta beleza
jamais algum poeta
teve tanto pra cantar!

Num pedacinho de terra
belezas sem par!
Ilha da moça faceira,
da velha rendeira tradicional
Ilha da velha figueira
onde em tarde fagueira
vou ler meu jornal.
Tua lagoa formosa
ternura de rosa
poema ao luar,
cristal onde a lua vaidosa
sestrosa, dengosa
vem se espelhar..."

Composição: Cláudio Alvim Barbosa ( Zininho )

Produção das crianças sobre a Ponte Hercílio Luz

            Para nortear aos trabalhos do Jardim 5, foi construído (e continua em constantes mudanças) um projeto a partir das observações feitas no grupo. As crianças estavam demonstrando curiosidade em saber onde cada criança do grupo mora, alguns convites para visitas às casas uns dos outros surgiram e junto aos convites as idéias em minha cabeça também começaram a aparecer.
Foi então que o projeto “Aventuras e Descobertas na Ilha da Magia” do Jardim 5 foi criado, com os objetivos de despertar o interesse das crianças pela cultura local, valorizar a identidade coletiva presente em nossa cultura, desenvolver nas crianças a noção de tempo, espaço, lugar e localização, além de contribuir para que cada criança perceba a importância de seu papel e de sua família para a manutenção e preservação da cultura da nossa ilha.
Por meio de pesquisas nos familiarizamos com os pontos turísticos de Florianópolis. As crianças identificaram algumas imagens e contaram histórias de como conheceram determinado lugar, fizemos algumas relações de distância e localização. Percebi que as crianças estavam criando hipóteses em suas cabecinhas e tentando externa-las para o grande grupo. Foram momentos ricos em informações e também de troca.
Partimos para a proposta de visitação nas casas das crianças. Foram momentos de muita ansiedade e esperado pelos nossos pequenos. As datas foram agendadas com antecedência pelas famílias e assim os encaminhamentos para as visitas foram desenvolvidos com muito cuidado para que fosse um momento agradável para todos os envolvidos nessa proposta.
Depois da data marcada a criança juntamente com a ajuda da família ficou encarregada de construir um mapa para que as outras crianças do Jardim 5 conseguissem chegar até sua casa. Essa parte do processo é bastante significativa, pois é nessa construção do mapa que a criança tem um olhar mais atento para o percurso de sua casa até a Escola dos Sonhos. Quando o mapa ficava pronto e a criança o trazia para a escola, uma sensação de que a visita estava próxima era despertada nas crianças, e assim as atenções eram voltadas para o percurso que elas fariam até chegar à casa, quanto tempo levariam e quantos dias faltavam. Com todas essas situações despertadas em sala, conseguimos ampliar os objetivos da proposta inicial e trabalhar diferentes linguagens em nosso cotidiano.
Chega o dia tão esperado! Um turbilhão de sensações... As crianças chegam na escola com a euforia estampada em seus rostinhos. Algumas visitas foram feitas de carro outras fomos caminhando, sendo o trajeto feito com muitos comentários sobre o mapa. A parceria das famílias foi indispensável e importantíssima para o desenvolvimento dessa proposta, pois foram essas famílias que se disponibilizaram em nos receber com todo o carinho, preparando um espaço agradável com brinquedos e brincadeiras, um delicioso lanche e lidando com a ansiedade e expectativa de sua criança.
 As visitas nos proporcionaram momentos de aventuras e descobertas, pois as crianças saíram do espaço da escola, conheceram novos lugares e contextos familiares. Isso é cultura! Cada criança traz consigo uma bagagem cultural rica que precisava ser conhecida mais profundamente e socializada, assim como cada família tinha algo a mais a nos oferecer. Ao voltarmos dessas visitas não éramos mais os mesmos, pois trouxemos conosco algo novo e especial que aprendemos. A partir de todas essas vivências estamos construindo um livro para que fique registrada por desenhos, falas e fotos todas essas conquistas.

                Casa da Clara                                               Casa da Julia

   
                     Casa do Bernardo                                       Casa do Estevão

                              
                                                          Casa do Gabriel

  Explorando mais um pouquinho da cultura local estamos com a co-proposta da brincadeira do boi-de-mamão que é bastante presente na cultura dos manezinhos. Começamos conhecendo a sua origem e algumas histórias. Como as crianças demonstraram bastante interesse resgatamos os animais do boi-de-mamão que têm na escola e os reformamos. Para completar a brincadeira construímos a Maricota com material reciclável.

Reformando o boi-de-mamão

Personagens do boi-de-mamão prontos


E começou a brincadeira...
“...esse boi é de mamão, faz a tua obrigação
Vem cá meu boi, vem cá...”


Brincando com o boi-de-mamão
Como dizem as crianças do Jardim 5: “Deu! É isso.”

Atenciosamente,
Professora Karine

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Musicalização: sensibilidade e improvisação

CONSTRUINDO A SENSIBILIDADE

Nas aulas de musicalização trabalhamos também a sensibilidade e nesse processo o contato com vários instrumentos musicais auxilia no processo de criação, na sensibilização para o mundo sonoro, na construção da musicalidade de cada um.
Para que o trabalho fique mais gostoso e apreciativo para as crianças, é importante permitir que elas também contribuam com suas idéias durante aulas, assim conseguirão entender melhor a musicalidade. Nessa aula, por exemplo, a proposta era que cada criança com um instrumento reproduzissem através de gestos diferentes, sons diversos. Mas um dos alunos deu a idéia de montar um palco com alguns instrumentos, então a brincadeira passou a ser chamada de “loja de brinquedos musicais”.




Enquanto a brincadeira acontecia, outros alunos deram à idéia de fazer movimentos imitando os sons que eram produzidos pelos seus colegas.

Luiza imitando o trovão

Clara representando uma canção de ninar

PRÁTICA DE CONJUNTO

A prática de conjunto é um momento marcante para as crianças. Quando pensei em inserir isso nas aulas de musicalização foi com o objetivo de fazer as crianças se divertirem, explorarem seus conhecimentos, suas sensações e brincarem com a imaginação, assim desenvolvendo a socialização.
Hoje em dia a prática de conjunto é um movimento sério para os alunos e eles têm um grandioso respeito por esse momento, além disso, eles tiveram a idéia de apresentar as canções para outros colegas de sala desde a educação infantil até o fundamental.


 

     Com a prática de conjunto temos a oportunidade de viajar com musicas inventadas pelas crianças (improvisação) e também interpretar canções criadas por outros compositores, com um vasto repertório que vai do erudito ao popular.
É isso ai minha gente, a música está no ar, cheia de cores deliciosas. Vamos continuar nos aproximando do mundo dos sons.
     Até breve, beijinhos Prof. Zorávia.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Oficina da Terra: uma experiência prática de ecopedagogia

Quando falamos de ecopedagogia precisamos, antes de tudo, compreender melhor o que é ecologia e o significado do conceito de desenvolvimento sustentável. De acordo com o primeiro formulador do conceito de ecologia, o biólogo alemão Ernst Haeckel; a ecologia é o estudo das inter-relações de todos os seres vivos e não-vivos entre si e com o meio ambiente. Ou seja, a ecologia é o estudo das relações, conexões e interdependências de tudo que existe no planeta Terra. O próprio Ernst Haeckel chegou a chamar a ecologia de “a economia da natureza”. Como a natureza é nossa casa comum, podemos dizer que a ecologia também pode ser chamada de um “estudo doméstico”, ou uma tomada de consciência da nossa própria casa.


Prof. Marcelo e Otto plantando no canteiro do Jardim 2 

Nesse sentido, Moacir Gadotti coloca: “o planeta é a minha casa, a Terra o meu endereço. Como posso viver bem numa casa mal arrumada, mal cheirosa, poluída e doente?”. A partir dessa consciência entra a noção de cidadania planetária: “a Terra é uma só nação, e os seres humanos, os seus cidadãos” (Rio-92).
O desenvolvimento sustentável é completamente diferenciado do conceito de progresso econômico, que tem a concepção de que o desenvolvimento e crescimento econômico são as mesmas coisas – concepção típica do sistema capitalista. Não existe, portanto, desenvolvimento sustentável sem sociedade sustentável. Na compreensão de Gadotti: “não resta dúvida de que esta concepção do desenvolvimento coloca em cheque o consumismo do modo de produção capitalista, principal responsável pela degradação do meio ambiente e pelo esgotamento dos recursos materiais do planeta. Esse modelo de desenvolvimento, baseado no lucro e na exclusão social, só distancia cada vez mais ricos e pobres, países desenvolvidos e subdesenvolvidos, globalizadores e globalizados”. Para se concretizar, o desenvolvimento sustentável necessita de três condições básicas. Ele deve ser: economicamente viável; ecologicamente prudente; e socialmente justo.   

Gabriel e Pedro peneirando o composto e encontrando minhocas

Prof. Marcelo construindo com os pais o espiral de ervas

No entanto, parece impossível pensarmos em desenvolvimento sustentável sem uma educação para uma sociedade sustentável. É justamente nesse contexto que surge a Ecopedagogia como um movimento pedagógico e político de vanguarda. A disciplina de Oficina da Terra entra neste contexto como uma experiência prática de Ecopedagogia. Nas aulas de Oficina da Terra os alunos aprendem a trabalhar na horta, fazer canteiros, plantar, cuidar da composteira, fazer espiral de ervas, canteiros elevados, manejar a agrofloresta, produzir mudas na estufa, dentre outras coisas. Mas além de tudo isso, as crianças aprendem, sobretudo, a respeitar e cuidar dos elementos da natureza. De acordo com Goura Nataraj: “jardinagem como prática de desaceleraçao e desalienação pode ser uma forma de libertar a mente da ansiedade e do medo, colocando-nos em contato com as coisas mais simples e importantes da vida – os ciclos da lua, o calor do sol, o sabor dos alimentos, a energia das plantas, o vôo dos pássaros, a vida e a morte”.

Gabriel Herrera colocando as sobras do lanche na composteira


Prof. Marcelo e a Turma do 1º ano colhendo rabanetes na horta
   
Precisamos, portanto, ensinar e aprender junto com as nossas crianças a importância da ecologia, do contato com a Terra, do cuidado e amor que precisamos ter com a nossa casa comum.


“O que faz uma criança guarani ser feliz é poder ver uma roça bonita” (liderança guarani Ronaldo, da Aldeia Morro Alto, São Francisco do Sul, Santa Catarina).

Nos vemos em breve!
Prof. Marcelo - Oficina da Terra

Semana Temática O Mundo da Literatura e das Cores


Dia 26 (segunda-feira)

O 1º ano trava língua.
Voando com o arco-íris
O 4º ano resgata a poesia brasileira.
O 5º ano fotografa as cores

Dia 27 (terça-feira)

Carta da Terra recontada pelo 2º ano
Plantando as cores da primavera
Jardim 1 e 2: chuva de cores

Dia 28 (quarta-feira)

O 3º ano: uma história de bruxas e poesias: 
Mergulhando no folclore do boi de mamão Jardim 3, 4 e 5
Varal fotográfico: um olhar colorido

Dia 29 (quinta-feira)

Feira de Troca de Livros
Apresentação grupo Roda Viva
Vestindo o arco-íris


Jeito Manoel de Barros de Ser

Durante toda a semana os alunos do Ensino Fundamental estarão  construindo um painel em homenagem ao poeta brasileiro contemporâneo Manoel de Barros.
Manoel de Barros nasceu no Beco da Marinha, beira do Rio Cuiabá em 1916. Mudou-se para Corumbá, onde se fixou de tal forma que chegou a ser considerado corumbaense. Atualmente mora em Campo Grande. É advogado, fazendeiro e poeta. Escreveu seu primeiro poema aos 19 anos, mas sua revelação poética ocorreu aos 13 anos de idade quando ainda estava no colégio. Autor de várias obras pelas quais recebeu prêmios como o “Prêmio Orlando Dantas” em 1960, conferido pela Academia Brasileira de Letras ao livro “Compêndio para Uso dos Pássaros”. Em 1969 recebeu o Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal pela obra “Gramática Expositiva do Chão” e, em 1997 o livro “Sobre Nada” recebeu um prêmio de âmbito nacional.
Nossa escola se transformou após conhecer as poesias de Manoel de Barros. São poemas simples, mas ao mesmo tempo profundos, uma brincadeira de palavras com uma ligação muito forte com a natureza e com o mundo infantil e que nos encanta e preenche de esperança. Simplicidade na alma. Sorriso que transvê. Encantamentos que transbordaram nossos corações. Corações em cores disseminando a leveza.

Até lá!
Escola dos Sonhos


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Uma grande floresta com grandes sonhos e descobertas

A turma do 3º ano iniciou o ano com o pique todo para cuidar do meio ambiente e com este entusiasmo fomos visualizando e sonhando com uma floresta em nossa sala de aula. Uma floresta que nos ajudasse a indicar caminhos e meios para a preservação do nosso planeta, trazendo com ela novas percepções, cores e formas entre as quatro paredes da nossa sala de aula.
Nosso projeto busca despertar nos pequenos, a alegria e o prazer do contato com a natureza, possibilitando o trabalho com a terra, conscientizando sobre a importância do cuidado com os animais e com as plantas e ainda, construir junto com as crianças uma consciência ambiental de preservação e de sustentabilidade.
Tudo começou com a presença lúdica do Velho Irradiado, antigo amigo das crianças, morador da Agrofloresta da escola, que começou a se comunicar com a nossa turma através de uma carta e nos presenteou com uma árvore dentro da nossa sala de aula. Com o passar do tempo, percebemos que a mágica árvore precisava de um habitat e assim que começamos a grande construção...

Construindo nossa floresta


Presente do Velho Irradiado

Um dos maiores frutos que estamos colhendo deste projeto é o respeito e cuidado com o colega e com o nosso ambiente na rotina diária. Conhecemos diferentes sementes de flores, plantas e árvores; acompanhamos o processo de germinação das sementes; desenvolvemos o hábito de cuidado e de observação das plantas e de suas particularidades (cores, formas, tamanhos), bem como sua importância na natureza.
O cenário construído pelos alunos propicia a eles uma condição de melhor assimilar o conteúdo apresentado em aula, servindo de apoio e contexto para todos os assuntos que abordamos até hoje.
A partir da construção de nossa floresta na sala adotamos diferentes estratégias de aprendizagem como os debates e as trocas de experiências, assim como nos incentivou à novas criações como o Mascote Verde.

Feira de Ciências

Sala do 3º ano


O Mascote Verde é um boneco que cada criança confeccionou com uma meia calça velha, serragem e alpiste. Os alunos levaram para casa, decoraram o boneco e acompanharam a germinação do alpiste, trazendo para a escola várias perguntas e relatos obtidos a partir dessa experiência. Também fizemos uma comparação com a germinação da muda de feijão e de pipoca plantadas na escola na aula de Oficina da Terra.


Os Mascotes Verdes



Até nossa próxima aventura ou descoberta.
Um beijo! Professora Ana Paula Quadrado e turma do 3º ano.


terça-feira, 20 de setembro de 2011

Encantando corações: Jardim 2 descobrindo o fascinante mundo dos animais

“No mistério do Sem-Fim, equilibra-se um planeta. E, no planeta, um jardim, e, no jardim, um canteiro: no canteiro, uma violeta, e, sobre ela, o dia inteiro, entre o planeta e o Sem-Fim, a asa de uma borboleta.”  Cecília Meireles


     E foi nas asas das borboletas que voamos alto. Conhecemos o terno gosto da descoberta. Fizemos expedições no planeta, alimentamos canteiros e cheiramos violetas. Saímos para passear e amadurar nossas vivências.
    Saboreamos aprendizados, experimentamos o desconhecido, colhemos flores, plantamos alegria e disseminamos harmonia.  Cada dia foi de intenso calor. O desejo uno de conhecer transformou a maneira das crianças se permitirem a experimentar o novo. A curiosidade veio à tona. Foi dada a partida. O Jardim 2 saiu para explorar as maravilhas do mundo!
     Temos a oportunidade de ter em nosso alcance uma vasta natureza. O verde é a cor que predomina, os animais são personagens principais e as crianças os atores sociais dessa combinação perfeita.
     A Ecopedagogia foi o foco. Desenvolver dentro da proposta a visão global de cuidados com o meio ambiente a partir da vida cotidiana, dando oportunidade à criatividade, à expressão, a arte, ao cuidado com o próximo colaborou com o desenvolvimento do pensamento lógico e na formação da consciência ambiental.
     As diversas formas artísticas de expressão conduziram, através da sensibilização, reflexões que por sua vez levaram às ações. Assim, a utilização da poesia, da música, da dança, da pintura, do teatro, de vídeos, de obras com materiais reciclados, foram formas de aprendizagem que motivaram, sensibilizaram e movimentaram a nossa aventura. A criança transforma-se no ator/artista desta vida real, cujo cenário ele é responsável pela construção e manutenção.
    Quando a criança começa a crescer e sensibilizar suas relações de afeto, os objetos passam a ser substituídos por seres vivos.  Com ele a criança pode brincar, correr, explorar o ambiente e vivenciar novas experiências.
     Nesta convivência tão saudável e necessária, a criança está aprendendo e desenvolvendo suas relações afetivas, influenciando na sua forma de se relacionar com as outras pessoas, com segurança, compreensão, aceitação e respeito.
     Ampliamos o contato de nossas crianças envolvendo-as com animais e com elementos da natureza.
     Baseado no movimento de integração das diversas expressões surgiu a ideia de trazer os animais para dentro da sala. Observá-los somente em figuras já não tinha mais graça.
     O prazer estar em tocar, em saber, conhecer, aproximar-se das características de cada bicho.
     O hamster (Pudim) foi o primeiro a dar o ar da graça. Foram momentos recheados de faz-de-conta. E assim, novas formas de experiências foram aparecendo.
     Passeamos por vários meios. Criamos histórias, ampliamos sabores por meio das comidas que damos a ele. Conhecemos texturas e muitas outras curiosidades sobre a vida dos ratos.

Amigo hamster! Pudim e Felipe

Como é a textura do pêlo dos hamsters? Brincado com lã

     Os pássaros (Bibi e Dedé) também nos encantaram. O canto do passarinho foi nossa maior inspiração. Espécies, alimentação, textura das penas, bico, patas foram umas das singularidades que o Jardim 2 experimentou nessa aventura.

Procurando os pássaros da nossa escola

Sentindo, criando, vivendo... ninhos de passarinho

Confecção de casa para passarinhos com material reciclável

     Outro animal que tivemos o prazer de conhecer foi o peixe (Coral).
     E na mesma maravilha dos animais anteriores o peixe nos encantou. Aonde vivem, como se alimentam, sua textura. Fomos ao Rio da Palha que passa atrás da escola observar o habitat, somente olhar não foi possível. Colocamos o pé, a mão e o sorriso no rosto. Mais uma aventura inesquecível. A felicidade é grande. Transformar ideias em realidade é a maior emoção. Estar em contato com essas crianças enobrece nossos corações.


Por onde os peixes nadam?

Eles estavam escondidos e fomos mais perto

Nosso tudo! Coral e Lara

    Agradecimentos são simples. Qualquer palavra jamais explicaria o que é ser professora. Qualquer palavra jamais explicaria o que é ser professora nessa escola. Qualquer palavra jamais explicaria o que é ser professora de cada criança desse grupo.
A turma do Jardim 2 recebeu uma visita! E olhem o presente que ela nos deixou!

O presente da galinha!

     Esperamos que gostem!
     Esse foi um pequeno relato de todas as maravilhas que o J2 vivencia.

     Um forte abraço das Professoras Sasá e Jú.