2º ano - Um túnel, suas viagens e muitas aprendizagens

No início do ano investigamos com as crianças o que gostariam de aprender e nos surpreendemos pelo grande interesse da turma pelas épocas passadas: “Como era na época dos dinossauros?”, “Os homens das cavernas sabiam ler?”, “Minha avó era viva quando isso aconteceu?”, essa e muitas outras perguntas nos indicou o tema do projeto de trabalho do 2º ano: “Um túnel, suas viagens e muitas aprendizagens”.

Nosso querido Seu Jair fez um túnel do tempo mágico que quando abrimos com o pozinho cintilante especial e passamos por ele nos transportamos para outra época.

Nossas primeiras viagens foram ao tempo dos Homens das Cavernas, a Pré-história. No primeiro dia, em abril, as crianças exerceram seus instintos e vivenviaram a Pré-história de forma intensa. Como os homens pré-históricos, eles não podiam usar as palavras e tinham que se comunicar por sons e gestos pela agrofloresta. E com argila elaboraram diferentes ferramentas e esfregaram paus para causar atrito e fazer fogo. Também utilizaram frutas, areira e terra para fazer tinta e pintar a argila.

Nesta primeira passagem pelo túnel do tempo as crianças formaram tribos e escutávamos no meio da agrofloresta diferentes sons, batuques e rugidos. O retorno ao tempo atual foi feito com protesto dos viajantes que queriam vivenciar mais a Pré-História.

Por isso no fim de maio realizamos uma nova viagem ao mesmo período, mas dessa vez, assim que passaram pelo túnel do tempo as crianças encontraram restícios de uma fogueira e com o carvão ali encontrado fizeram seus desenhos rupestres na “parede” da caverna.

Carvão que também foi usado para pintar as mãos, rostos e deixar marcas em árvores da Agrofloresta.

E aos poucos as tribos formadas na primeira viagem se reuniram e novas surgiram, desta vez receberam nomes: Os penas quebradas, Fogo, Galo e A tribo. Estas criaram formas de se organizar e realizavam trocas de produtos como suco de folhas e pimenta. Praticamente observamos o escambo sendo exercido pelas crianças! E assim a evolução dos homens foi vivenciada por meio das brincadeiras que eles mesmos elaboraram.

O túnel do tempo está nos proporcionando momentos ricos de aprendizagens e estimulando a criatividade e a imaginação! E muitas viagens ainda virão!

Professora Silviane

Jardim 3 e as Sensações no Mundo da Literatura

          Somos um grupo de 13 crianças que gosta muito de brincadeira e de movimento. Há cerca de dois meses começamos a desenvolver nosso projeto “Sensações no Mundo da Literatura”, uma viagem que vai do real ao faz-de-conta com pitadas de música, teatro, poesia e muita diversão. Nesse período contamos diversas histórias para as crianças e elas se encantaram com a história “Chapeuzinho Amarelo” do autor Chico Buarque. Na história, Chapéuzinho encontrou uma maneira de enfrentar seus medos, transformando o lobo em um delicioso bolo.

Durante uma semana fomos recebendo vários ingredientes enviados pela Chapéuzinho Amarelo, tais como: a canela, o cacau e o mel. Na escola temos uma colmeia de abelhas sem ferrão e como um dos ingredientes enviado foi o mel aproveitamos esse momento para abrir a casa das abelhas e experimentar o mel retirado direto da colmeia. Após experimentarmos todos os ingredientes deixados pela Chapeuzinho Amarelo preparamos um delicioso bolo que saboreamos no final da tarde . HUM! Que delícia! As famílias das crianças também contribuíram trazendo pesquisas sobre os alimentos deixados pela Chapeuzinho Amarelo, o grupo se divertiu um montão.

Durante o momento que estávamos trabalhando com a história da Chapeuzinho Amarelo, fizemos uma experiência na sala, plantamos sementes de feijão para observarmos o crescimento e o desenvolvimento das plantas. Enquanto as sementes desenvolviam, todos os dias quando chegavam à sala, as crianças iam ver como estava a plantinha. Foram percebendo que o pé de feijão já estava crescido e as crianças começaram a perguntar se o Gigante iria aparecer na escola. Então na mesma semana recebemos a visita da Chapeuzinho Amarelo que   contou a história do “ João e o Pé de Feijão” , a pedido das crianças, é claro!

No decorrer dos dias, as crianças chegavam à sala e perguntavam quando o gigante iria aparecer na escola. Foi aí que recebemos uma carta dele, era muito grande mesmo, e havia até uma pegada do Gigante. As crianças ficaram encantadas com o tamanho do pé, logo retiraram os seus sapatos e ficaram comparando o tamanho de seus pés com o dos colegas, e o tamanho do pé do Gigante que estava impresso na carta. E assim essa história foi se tornando cada vez mais significativa para as crianças. Aos poucos o Gigante foi trazendo para o grupo alguns objetos de sua casa, tais como: panela, concha, bule e a chaleira. Ele também nos deixou uma fita métrica para mostrar para as crianças que todas as coisas têm um tamanho. Aproveitamos e medimos as crianças no castelo do Gigante que está fixado na parede da sala e colocamos um barbante e uma foto para representar o tamanho de cada um. Em alguns momentos percebemos que algumas crianças vão até as medidas e comparam o tamanho do colega para ver qual é mais alto ou baixo.

Um dia ele nos deixou um saco de feijão e pediu para as crianças irem até a sacolão para comprar legumes e verduras para fazermos uma deliciosa sopa de feijão. Assim, no outro dia, as crianças chegaram ansiosas para irem até o sacolão. Este momento do projeto foi muito prazeroso e significativo, pois a turma teve a oportunidade de escolher os legumes, tocar, cheirar, conhecer tamanhos, formas, texturas e cores. Mas não foi só isso, teve muita diversão também no passeio num carro tão grande que coube toda a turma.

















Durante o preparo da sopa aproveitamos o momento para novas descobertas. Contamos, experimentamos a cenoura quando picamos, sentimos as texturas dos legumes e das verduras, assim como o chuchu, que tinha uns pequenos espinhos na casa; observamos as cores dos alimentos e descobrimos que a abóbora tem várias sementes pequenas, comparamos os tamanhos dos alimentos, maior/menor, leve/pesado, macio/áspero e, além disso, falamos sobre os cuidados que devemos ter com a higiene dos alimentos.

No final da tarde recebemos as famílias para saborear a sopa e curtir os momentos da turma durante as compras no sacolão, as famílias também puderam vivenciar um pouco da nossa rotina, da nossa sala, do nosso trabalho com o Gigante.

Até breve com novas histórias!

Professoras Carine e Bárbara

          

Jardim 5 - Máquina do Tempo

Geralmente as histórias começam com o “Era uma vez”, porém, a que vamos contar hoje é diferente...

 E de repente a caixa surpresa aparece no Jardim 5 no momento da roda. Dentro dela encontram-se muitas coisas, como um livro bem diferente, dourado, com o título Galileu Galilei. Era o diário de bordo de um dos inventores que revolucionaram a humanidade. Este diário continha informações importantes e secretas de Galileu como os seus desenhos, projetos e até miniaturas de suas invenções.

Analisamos cuidadosamente esse presente que recebemos e encontramos um bilhete secreto, onde dizia que muitas coisas ainda iriam acontecer naquela sala. O amigo que enviou o bilhete secreto seria Galilei Galileu?

Cheia de curiosidade e vontade, nossa turma teve uma ideia: criar uma máquina. Seria ela voadora? Depois de muitas conversas decidimos que seria uma máquina do tempo, e usando a nossa imaginação e muito material reciclável, poderíamos ir para qualquer lugar.

Organizamos um projeto, coletamos muitos materiais e a base ficou pronta. Os acabamentos e a pintura ficam por conta dos nossos artistas mirins, que estão encantados com a fantástica sensação de poder voltar ao passado ou ir para o futuro.

“E agora, para onde será a nossa primeira viagem?” Façam suas apostas e puxem suas cadeiras. A máquina do tempo está de partida.

Data: 21/05/2014

Passageiros: Profª Carla, Profª Deca, Profª Jussara, Arthur, Miguel, Pedro, Catarina, Guilherme, Raul, Luka, Fernanda, Bruno, Julia, Izadora, Yasmin, Lara, Francisco e Felipe.

Rota: Saída Vargem Grande, Florianópolis 2014 com Destino a Paris, França em 1906.

Quem conhecemos: Alberto Santos Dumont, imagens e fotos de seus dirigiveis e do 14 bis.

Texto Coletivo Jardim 5.

Chegou o dia mais esperado, a primeira viagem na nossa máquina. Conversamos como seria essa viagem, colocamos nossos lenços e nos encaminhamos para a porta. Entramos acionamos os botões e começamos a fazer chamadas com diversos lugares até chegarmos em 1906. A máquina é ligada, muitos barulhos são ouvidos, ficamos até com medo de ficarmos sem gasolina para voltar, que susto!

A porta e abre e nos deparamos com um homem de bigode que usava um chapéu e um terno, ele se apresentou como Alberto Santos Dumont e nos contou muitas coisas, foi uma viagem muito divertida que nos rendeu muitos aprendizados.

A seguir as falas das crianças após o retorno a sala:

·         Gostei do bigode;

·         Adorei as luzes da máquina;

·         Gostei das invenções que Santos Dumont mostrou;

·         Achei show de bola a máquina;

·         Ufa! Que bom que coube todos na máquina;

·         Adorei as fotos;

·         Gostei da ideia de fazer um avião;

·         Ele tem namorada mais é segredo;

·         Gostei das fotos e de ir para a França;

·         Adorei saber que ele era antigo;

·         Fomos para Paris para ser mais exata;

·         Ele trouxe o 14 bis e o deixou perto da ponte Hercílio Luz;

·         Ele veio no balão que ele mesmo fez;

·         Ele construiu 8 dirigíveis;

·         Fomos para 1906;

·         Santos Dumont era famoso;

·         O pai dele tinha muito dinheiro;

·         Adorei, vou contar para os meus pais.

          Estamos adorando vivenciar esses momentos com a nossa turma. E logo logo terão mais surpresas. Alguma ideia para aproxima?

Beijos cheios de alegria das Professoras Carla e Deca.