Borboletas

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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Noite do Pijama 2015

Floresta Encantada - Jardim 1

Amazônia - Jardim 5

Índios - 1º ano

Dragão - Jardim 4 

Balão - Jardim 2

Hi tech - 4º ano

Navio Pirata Assombrado - 3º ano

Egito - 2º ano

Luau - 5º ano









































quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Quando a arte muda o olhar para o mundo...

O mês de setembro foi especial para a escola. Depois de estudarmos sobre a vida e obra do artista catalão Joan Miró (1898/1989), tivemos a chance de visitar a exposição “A Força da Matéria”. É a primeira vez que 140 obras do artista, entre gravuras, pinturas, esculturas e desenhos saem da Espanha para uma exposição.
                Conhecer pessoalmente as obras de um artista que estudamos é um privilégio e abre espaço para outra forma de lidar com o universo da arte. Diferente de observar uma pintura ou escultura impressa em um livro, estar em um espaço pensado especialmente para viver a experiência estética, suscitou muitas questões, observações e vivências.
                Descobrimos que havia uma gravura que vimos ao vivo e que também figurava em uma das fotos do artista em seu ateliê, deixando uma sensação de que olhamos para um objeto duas vezes, em tempos e espaços diferentes.  Uma meta imagem, bem ao nosso alcance, um dos exemplos de  maravilhas  que acontecem no universo da arte...
                Vimos que Miró utilizava muitas superfícies diferentes, madeira, papelão e até outros quadros já pintados. Durante a visita escutei que podíamos fazer isso também, usar materiais que temos à disposição e que nem pensamos poder fazer parte de uma produção em arte. Cada um tinha sua ideia, uma melhor do que a outra. A força da matéria estava fazendo cada vez mais sentido para as crianças e adultos que viveram a exposição.
                As esculturas mereciam um escrito à parte, tamanho encantamento que provocou em quem teve o prazer de ver de perto a materialidade do bronze nas coisas mais simples. Elementos comuns à vida cotidiana receberam importância com o olhar sensível de Miró. As esculturas ganharam vida com as crianças ao seu redor. Descobrindo elementos, ganhando apelidos, incorporando histórias.
                Cada obra guarda inúmeros segredos, a história de como surgiu, em que contexto, e este é o objeto de estudo que guia a incursão no universo da arte e do artista. Nossa matéria prima. Poder encontrar pegadas do artista em uma gravura deixou um suspiro no ar, muita emoção de pensar na forma que esta obra se materializou, estava no chão, Miró caminhava ao seu redor e até pisava sobre ela. Quantas possibilidades de pensar a arte.

                De volta ao universo escolar tudo havia se transformado, até o vocabulário indicava as mudanças causadas pela força da matéria. “Eu vou fazer uma escultura” (Jardim 5), “Vou fazer como Miró” (Jardim 4), “Não importa se está perfeito, importa o que eu sinto” (2º ano), “Parece um símbolo saído do quadro de Joan Miró” (3º ano), “Quero usar as mãos” (5º ano), “Vou usar o preto de outro jeito agora”, “Quem não gosta de manchas não entendeu nada de Miró” (1º ano)...