Borboletas

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terça-feira, 14 de março de 2017

Imersão no barro, uma experiência da escola para a vida


Aqui na nossa escola as crianças tem uma relação bastante intensa com a natureza. Esta relação pode resultar em diversas formas de brincar, movimentar-se, lidar com seu corpo, e o universo que nos rodeia. Para transformar esta experiência em construção de conhecimento elegemos o barro como matéria prima do nosso trabalho.


Durante uma tarde inteira as crianças circularam pelo espaço da agro floresta experimentando o barro em diferentes possibilidades. Cada proposta foi planejada pelos educadores que fazem parte da Equipe de Integração da escola.


Kátia Limas (Movimento), propôs um diálogo da imaginação e da criatividade usando barro para propor desafios, estafetas e circuitos criativos. O espaço foi preparado com cones, bambolês, aproveitando os desníveis do terreno da agro, raízes expostas e altura de diferentes árvores para incrementar seus desafios.




André Chitão (Oficina da terra),  propôs a construção de uma casinha utilizando a técnica que o passarinho joão de barro usa  para construir sua moradia. Para isso preparou uma estrutura  de bambu devidamente telhada. As crianças prepararam os tijolos com barro vermelho e palha que foram secando ao sol á medida que ficavam prontos. E depois preencheram esta estrutura com os galhinhos das árvores e barro e os tijolos, bem ao estilo joão de barro.





Andrei (Teatro), inspirado nas esculturas de barro de Franklin Cascaes, propôs uma performance. As crianças conheceram a obra de Franklin através de imagens impressas e a partir daí se cobriram de barro para transformar se em diferentes esculturas.







André ( inglês), propôs pintura corporal usando o barro vermelho como pigmento. As crianças tiveram como referência  diferentes grafias e desenhos usados por povos de várias culturas para ornamentar o corpo.




Elias (movimento) propôs um circuito de desafio extremo, que contou com obstáculos como uma parede para ser ultrapassada com cordas, espaço para rastejar devidamente preparado com barro e obstáculos com pneus.




Fernanda (artes)  inspirada nas obras da artista brasileira Celeida Tostes, propôs  amassar o barro, entender o material com o corpo e depois produzir “os amassadinhos”, apelido carinhoso da obra vênus.






Em outro espaço foi proposto experimentar a terra em suas diversas texturas, como a lama, a argila e o barro, de olhos fechados. Deixando que o corpo sinta a materialidade com o tato.





A Giovana Scavone ( yoga), propôs um espaço com a respiração, trabalhando o nascimento, também inspirado em outra obra de Celeida, terminando com massagem utilizando o barro.