Algumas questões muito interessantes permeiam as
aulas de arte. Acompanhando o trabalho que acontece no 1º ano, com a professora Elis sobre identidade, resolvemos produzir alguns auto
retratos desenhando, pintando e inventando paisagens.
Nossa história começou depois de procurarmos por um
lápis de cor da "cor de pele" para colorirmos os auto retratos. Para nossa surpresa encontrarmos
apenas um rosa claro, que na verdade não se parecia em nada com a cor da pele
de ninguém do grupo. O mais interessante é que todos reconheciam o nome deste
lápis como “cor de pele”.
Diante deste dilema sobre o tom do lápis, nossa aula
despertou nas crianças a vontade de se observar, de ver o tom da pele, do cabelo e dos olhos. E elas chegaram a
conclusão que nenhum lápis de cor que eles tinham era igual a cor da pele deles.
Então, nos inspiramos em alguns trabalhos da artista brasileira Adriana Varejão que se incomodou com essas cores de pele que na verdade não existem, e criou uma paleta com mais de 180 tons para a sua exposição chamada Polvo. Com estas descobertas a turma do 1º ano inventou suas próprias “cores de pele” e usaram em diferentes superfícies e inclusive, na própria pele.
Usamos também base de maquiagem para provarmos como era ter outras cores de pele. Foi muito interessante e divertido. Ficamos surpreendidos com a pouca variedade de tons de base existentes no mercado para vender. As crianças se pintaram e pintaram os colegas. Foi uma aula maravilhosa!
Nossa próxima produção dentro da proposta sobre
identidades, irá envolver meias calças cor da pele. Aguardem!
Professora de Artes Fernanda Werneck
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