Borboletas

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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Jardim 5: Os Desbravadores da Amazônia

            Em uma de nossas tardes, em meio as brincadeiras, risadas e conversas, o telefone toca: "Profe é a Dona Aranha!" Mesmo sem a conhecer, comecei uma conversa com essa ilustre nova amiga e, assim tudo começou... 
            Dona Aranha mandou uma carta contando suas vivências, falou um pouco sobre sua espécie, características, e hábitat, disse também que gostaria muito de fazer parte da nossa turma. Todos nós achamos o maior barato. Um dia desses, depois de algum tempo sem se comunicar, recebemos um envelope com uma carta e um filme, era de nossa amiga sumida, ela mesma, a Dona Aranha. Na carta ela contava que não havia mais feito contato, pois estava em um lugar fascinante, cheio de curiosidades e com muitas coisas a serem exploradas. Disse também que fez muitas amizades por lá, em especial com o desbravador Dante, que é muito curioso e sabe tudo sobre o lugar. E que lugar é esse Dona Aranha?  É a Amazônia!
               O filme que ela nos mandou era Tainá, uma aventura na Amazônia. Então, montamos uma sessão de cinema, em que todos receberam notas de “dinheiro” para efetuarem as compras de ingresso e pipoca, com direito a fila e tudo mais... Com o filme surgiram vários temas a serem discutidos, como a origem e significados dos nomes, pois Tainá relata que seu nome significa "luz da manhã", e assim, logo todos queriam saber o significado e origem de seus próprios nomes e da Amazônia.
           Uns dias depois, numa tarde como todas as outras, nossa turma aproveitou para ir brincar na Agrofloresta, um espaço muito agradável, cheio de árvores, sombras e muitas crianças brincando. De repente por de trás das árvores, em passos lentos, rosto fechado e um tanto assustada, apareceu uma mulher, que ao ver as crianças se aproximando queria se esconder, demonstrando muito receio em se aproximar. As crianças estavam maravilhadas, parecendo não acreditar no que estavam vendo. Parecia uma índia, alguns chegavam cada vez mais perto, mas ela fugia, outros ficavam olhando de longe, até que algumas crianças começaram a chamar: "Vem, não precisa ter medo, não vamos te machucar". Assim ela foi se aproximando, alguns a pegaram pela mão, outros queriam abraçá-la. Todos ficaram perguntando: “Você é a Índia Tainá?” “Você está perdida?” “Você fala?” Foi quando ela começou a se comunicar, perguntando onde estava e como era o nome desse lugar, o nome das crianças, se eles eram amigos. Em seguida todos responderam que sim, que ela podia confiar neles. Ela contou que seu nome é Hanna, uma Índia guerreira que vive na Amazônia, e por causa dessas Índias guerreiras é que se deu origem o nome da maior floresta do mundo. Contou que um espanhol teve sua embarcação atacada por índias guerreiras e que as achou muito semelhantes as amazonas, mulheres guerreiras da mitologia grega, e assim se originou o nome Amazônia.




            Surgiu um lindo diálogo entre a índia Hanna e as crianças. Elas estavam curiosas para saber se Hanna conhecia a D. Aranha e o desbravador Dante. Logo a chuva chegou e foi a hora de nos despedirmos. Hanna, que tinha em suas mãos um saco, disse que tinha algo a nos dar, era um muiraquitãs, um colar com pingente de formas variadas, geralmente pintado de verde e que em sua cultura serve para dar proteção e sorte.
               Nossa despedida foi emocionante, Hanna disse que nunca vai nos esquecer e que seremos amigos para todo o sempre, pediu para que cuidássemos da natureza do mesmo jeito que cuidamos dela, perguntou que palavra usávamos para agradecer, então foi embora dizendo "obrigada!" Foi indo quase do mesmo jeito que chegou, por entre as árvores da Agrofloresta.




            Até a próxima! A Turma do Jardim 5 vai continuar desvendando as riquezas da Amazônia, seus rios, peixes, árvores, animais em extinção, os índios que nela habitam e muitas outras curiosidades sobre o maior floresta do mundo. 
Com carinho, Prof. Ana Paula Santos.

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